ESCRITÓRIO CONTÁBIL & TRIBUTÁRIO PENELA

Programas de integridade avançam nas MPEs

08/10/2015 11:01

O programa de integridade previsto pela Lei Anticorrupção está começando a ganhar espaço entre empresas de pequeno porte. Para especialistas, a maior barreira é encontrar disposição para mudar a cultura da empresa.

"Sem o comprometimento de quem manda, da diretoria, o programa nasce fadado ao insucesso", avalia a presidente da comissão de estudos de compliance do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), Rogeria Gieremek.

Esse apoio é importante porque a implementação de um programa de integridade envolve, por exemplo, a definição de procedimentos formais das tarefas rotineiras. E isso em muitos casos obriga a empresa a mudar sua maneira de trabalhar.

Especialmente em organizações familiares, a mudança da maneira de trabalhar encontrar grande resistência, afirma a sócia do CAZ Advogados, Marina Coelho Araújo. "Por isso, só é possível implementar o programa de cima para baixo", afirma ela.

Apesar de os chamados programas de compliance serem muito mais difundidos entre empresas de maior porte, Marina descarta que o custo seja impeditivo para que micro e pequenas empresas (MPEs) também adotem as medidas.

Segundo Rogeria, mesmo que as MPEs não tenha à disposição um número de telefone para denúncias anônimas, como as grandes empresas, uma urna lacrada para críticas e denúncias pode cumprir o mesmo papel. Na visão dela, o que importa é a efetividade da medida, e não o porte da estrutura dedicada.

Outra medida de baixo custo que faz parte dos programas de integridade é a definição das responsabilidades de cada funcionário. Marina explica que essa medida tem um duplo efeito. De um lado, o funcionário é desencorajado a praticar atos ilícitos, porque sabe que pode ser individualmente punido. Do outro, a empresa diminui riscos.

Penal

Em um caso recente, Marina conta que uma empresa do ramo farmacêutico teve vários dirigentes denunciados pelo Ministério Público porque foi constatada a venda de remédios fora do prazo de validade - ato considerado como crime grave. Sem saber de quem é a responsabilidade por checar a validade, as autoridades denunciaram inclusive o diretor financeiro da empresa, que nada tinha a ver com a falha.

Para Marina, se as responsabilidades tivessem sido definidas para fins de compliance, provavelmente o erro não teria ocorrido. Se tivesse, talvez apenas um funcionário tivesse sido indicado pelas autoridades.

Além do ramo farmacêutico, que precisa dos programas de integridade por ser muito regulado, Marina diz que outros segmentos também têm despertado para o compliance. No caso dela, grande parte dos clientes de menor porte é da área de construção civil. Como empresas do ramo precisam de licenças e autorizações para operar, o risco de corrupção de agentes públicos é maior.

Para Rogeria, do IASP, alguns fatores têm contribuído para a disseminação dos programas de compliance. O primeiro deles é a operação Lava Jato, que dá ao empresariado a sensação de que há chance real de punição. "Quando foi que a lei do sinto de segurança pegou? Quando os motoristas começaram a ser multados", diz.

Outro fator é que as empresas podem ser responsabilizadas por atos de terceiros, como fornecedores. Então, diz Rogeria, é tendência que as grandes exijam que suas contratadas também tenham programas contra a corrupção.

Outras Técnicas

Do dia 08 de October de 2015

Elevada as Alíquotas da CSLL de Entidades Financeiras

Empregados da mesma família podem ter férias conjuntas facilitadas

Programas de integridade avançam nas MPEs

Qual o impacto da reoneração da folha para as empresas?

Governo retira apoio à flexibilização da CLT

Fundo de Garantia para os domésticos já está valendo

Texto confeccionado por: Roberto Dumke

Pesquisar no site

Contato

CONTPENELA ESTRADA VILA NOVA
ANANINDEUA
(91)3231-1400 / 3245-5131

Contate-nos

 Estamos preparados para atender sua empresa com profissionalismo e qualidade 
Nossos serviços:

Contábil

Fiscal

Pessoal

Comercial

 

Mp 927/2020

 
Clique Para Visualizar
 

PRESS CLIPPING

18/11/2025 07:05

HOJE

Comissão debate imposto extra para fintechs e regra de MEI A Comissão de Assuntos Econômicos (CAS) pode votar o aumento de impostos para fintechs e bets (PL 5.473/2025), além atualizar valores para enquadramento como empreendedor individual (PLP 60/2025).   Receita Federal disponibiliza...
18/11/2025 07:04

AGRONEGÓCIO

Comissão aprova inventário extrajudicial simplificado para pequenas propriedades rurais Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado   UE confirma retomada de pré-listing para exportadores de carne de aves e ovos do Brasil O aceite do mercado europeu à...
18/11/2025 07:02

TECNOLOGIA

Para o Comitê Gestor da Internet, ANPD é a coordenadora da regulação da inteligência artificial CGI.br diz que é necessário reconhecer que sistemas de IA 'não são neutros' por serem criações humanas e é preciso mitigar os riscos.
18/11/2025 07:00

JURISPRUDÊNCIA

  TCU aponta falhas da PGFN e da Receita na política de transação tributária A ação teve como objetivo avaliar a eficiência da recuperação de créditos tributários e a segurança jurídica das negociações.   Idosa paga boleto falso, e banco deve indenizar por falha na...
18/11/2025 07:00

RECURSOS HUMANOS

Veja quais direitos o trabalhador tem no feriado da Consciência Negra Como em qualquer feriado nacional, brasileiros têm uma série de direitos garantidos na data  
18/11/2025 07:00

ARTIGOS

Holdings e contabilidade consultiva: A parceria que gera valor e segurança ao cliente Por Remo Higashi Battaglia   Tributação mínima sobre altas rendas: Impactos do PL 1.087/25 Por Julia...
18/11/2025 07:00

INTERNACIONAL

Investidores pressionam Argentina por peso flexível Javier Milei e ministro da Economia, Luis Caputo, repetiram que defenderão estrutura existente de ajustes diários do peso dentro de banda cada vez maior