ESCRITÓRIO CONTÁBIL & TRIBUTÁRIO PENELA

Arrecadação cai e deixa meta fiscal mais distante

16/07/2015 10:54

JOÃO VILLAVERDE, CÉLIA FROUFE - O ESTADO DE S. PAULO

Receita com impostos recuou 2,4%, o pior resultado para o mês de junho desde 2010, e a perspectiva para o resto do ano é de piora

BRASÍLIA - O cumprimento da meta fiscal, das contas públicas, ficou ainda mais distante. A Receita Federal anunciou os dados de arrecadação de junho, que apontaram nova queda, desta vez de 2,4% em relação ao mesmo mês de 2014. É o pior resultado para o mês de junho desde 2010. Nos primeiros seis meses do ano, R$ 607,2 bilhões entraram nos cofres da Receita, um desempenho quase 3% inferior, já descontada a inflação, ao do primeiro semestre de 2014.
As perspectivas para o segundo semestre não são boas. Segundo o chefe de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, o Ministério da Fazenda prevê agora uma queda de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano. Essa é uma previsão pior do que a projeção oficial do governo, de -1,2%. Como a arrecadação segue o desempenho da economia, a entrada de recursos nos cofres federais deve esfriar e dificultar o esforço fiscal.
O ritmo da arrecadação no primeiro semestre foi fraco, apesar das elevações de impostos sobre combustíveis, produtos importados e sobre o crédito ao consumidor anunciadas no início do ano.
O desempenho das quatro “principais bases de tributação”, segundo Malaquias, foi negativo no primeiro semestre. As quatro principais bases são o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), que tributam a renda e o lucro das companhias, o PIS/Cofins que incide sobre o faturamento, a arrecadação previdenciária, oriunda da folha de salários dos trabalhadores, e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), recolhido junto ao setor industrial.
“Tivemos um resultado negativo desses quatro grupos entre janeiro e junho e por isso o comportamento da arrecadação como foi afetado”, disse Malaquias. “O nível da atividade econômica está em desaceleração em relação a 2014”. De acordo com ele, as empresas no Brasil “estão com uma expectativa menor de realização de lucros”.

Projeções. A Receita apresentou um estudo sobre o desempenho da arrecadação, baseado nas estimativas oficiais que o governo tinha feito há um ano. Quando enviou o projeto de lei orçamentária ao Congresso em agosto do ano passado, o governo projetava uma alta de 2,5% do PIB em 2014 e de 2% em 2015. Caso estivessem corretas, disse Malaquias, as projeções renderiam uma arrecadação de R$ 771 bilhões em receitas administradas pelo Fisco no ano passado. Ao fim de 2014, essa arrecadação foi de R$ 739 bilhões.
Já para 2015, o desempenho da arrecadação de receitas administradas seria de R$ 862 bilhões. Esse não é mais um patamar esperado pelo Fisco. No fim do ano passado, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) já contava com uma projeção menor, de R$ 849 bilhões. Hoje, a Receita avalia que terminará o ano com uma arrecadação “bem inferior” a R$ 810 bilhões.
“Dúvidas em relação ao bom termo e abrangência do ajuste fiscal tendem a levar as empresas a ficarem mais sensíveis aos riscos e a reduzirem ou protelarem pagamentos”, afirmou a Receita no estudo.
Malaquias negou que exista uma explicação simples ou única para justificar a forte desaceleração da economia neste ano. “A economia brasileira é complexa. É impossível creditar esse desempenho fraco da economia a um único fator”, disse ele. / COLABOROU VICTOR MARTINS

Pesquisar no site

Contato

CONTPENELA ESTRADA VILA NOVA
ANANINDEUA
(91)3231-1400 / 3245-5131

Contate-nos

 Estamos preparados para atender sua empresa com profissionalismo e qualidade 
Nossos serviços:

Contábil

Fiscal

Pessoal

Comercial

 

Mp 927/2020

 
Clique Para Visualizar
 

PRESS CLIPPING

06/11/2025 07:45

HOJE

Entenda as regras para isenção do Imposto de Renda e taxação de altas rendas Já a partir de 2027, será concedida a isenção do IRPF anual, com base no ano-calendário de 2026, para quem tiver rendimentos anuais tributáveis de até R$ 60.000.   Quem ganha e quem perde com aprovação do novo...
06/11/2025 07:20

JURISPRUDÊNCIA

  TJ-SC mantém extinção de ação com procuração eletrônica sem certificação válida TJ-SC rejeitou assinatura feita em plataforma digital sem certificação ICP-Brasil   Relator considera que incentivos fiscais a agrotóxicos violam proteção do meio...
06/11/2025 07:20

TECNOLOGIA

Reembolsos corporativos fraudados com IA na mira das auditorias Mal-intencionados usam geradores de imagem e truques simples para forjar recibos. Volume alerta empresas para prejuízos e demissões por justa causa.
06/11/2025 07:20

ARTIGOS

O que cabe na caixa do 'regime de caixa'? Uma análise de caso Por Carlos Augusto Daniel Neto e Jorge Ricardo da Silva Júnior   IOF: crédito em operações de factoring e a sua não incidência na...
06/11/2025 07:20

INTERNACIONAL

Momento é mais difícil desde 2ª Guerra, diz CEO do Fórum Econômico Mundial Børge Brende analisou situação geopolítica e econômica global e considera que mundo está em “desordem”   Suprema Corte dos EUA começa a decidir legalidade do tarifaço de Donald Trump Julgamento na Suprema Corte será...
06/11/2025 07:15

RECURSOS HUMANOS

Boato ou Fato: fornecimento de vale-transporte pela empresa é obrigatório? Quadro da Rádio TST responde a essa dúvida  
06/11/2025 07:10

AGRONEGÓCIO

Brasil avança em negociações com a União Europeia e retoma sistema de pre-listing para comercialização de ovos Bloco europeu também realizará auditoria para pescados brasileiros   Produtores defendem crédito emergencial para suprir falta de seguro rural A audiência pública foi marcada...