ESCRITÓRIO CONTÁBIL & TRIBUTÁRIO PENELA

A conta amarga de uma economia sem rumo

12/08/2015 10:13

O voo cego no qual o governo embarcou a economia brasileira nos primeiros quatro anos de mandato da presidente Dilma Rousseff está custando caro. O desemprego ultrapassando os 8%, a inflação chega a 9%, e a projeção é de 1,5% a 2% de retração do PIB este ano. A economia no ciclo dilmista tem sido um fracasso.

Primeiro, fizeram bondades com o bolso alheio, distribuindo benefícios sem prestar atenção no caixa – como o programa mal planejado das desonerações e os reajustes bem acima da inflação para programas populares como o Bolsa Família.

Por muito tempo incentivou-se o consumo da classe média emergente na esteira de uma estratégia de cooptação popular. Depois, a gestão petista foi obrigada a buscar ajuda de um executivo do mercado financeiro para equilibrar as contas públicas e tentar um superávit primário sem a necessidade das pedaladas fiscais. O novo ministro lançou seu programa de ajuste, promovendo a necessária inflexão na economia.

Mas a receita tende a ser um ônus para o corpo social, porque se repete de governo em governo diante de dificuldades, e sempre sem os resultados prometidos: o repasse da conta para os contribuintes e os contingentes de trabalhadores que o próprio governo alega proteger.

Dessa vez, lança-se mão da redução do benefício do seguro-desemprego, da alta do IOF, do Imposto de Renda sem correção, do aumento dos preços de combustíveis e eletricidade, de normas mais rígidas para programas federais e de financiamento estudantil, da redução de investimentos alocados no PAC, do reajuste e de novas regras para o IPI e PIS/Cofins, entre outras medidas.

Longa é a lista do novo pacote de maldades que joga no cesto do descrédito a popularidade da presidente e de seu governo, cuja avaliação é uma das piores da história. Elevar tributos é um remédio amargo, nem sempre eficaz. Enfim, esse ajuste fiscal impõe pesadas perdas ao setor produtivo, põe por terra o trabalho de adaptação de empresas e entidades ao sistema de desoneração da folha de pagamento e distorce a realidade.

Os analistas das agências de classificação de risco conhecem o efeito da recessão, do desemprego em alta e da retração do consumo sobre a arrecadação de impostos e contribuições. Além disso, os orçamentos brasileiros são muito rígidos, e é complicado cortar despesas correntes. Por isso, a ameaça de rebaixamento do Brasil pelas agências internacionais. Outra prova do erro é a de remeter a conta para os contribuintes, como se fosse o único recurso.

O governo mantém a inflação de ministérios (39) para acomodar sua base política – e nem isso tem funcionado, pelo que mostram os resultados das votações no Congresso. O fato é que a indústria atravessa uma grave crise. O comércio e o serviço estão parando, o desemprego ameaça as famílias. Um milhão de desempregados só na construção civil. Além disso, as decisões erradas dos últimos doze anos esvaziaram o Tesouro Nacional.

Não se busca, com as entidades organizadas, uma reforma tributária justa ou qualquer modelo para fazer o País avançar. A saída, como se sabe, é pela via do crescimento, não pela retração. O governo faz imposições duras, fazendo recair seus erros sobre os ombros dos contribuintes. Enquanto espera pelo milagre do ajuste fiscal, aos brasileiros, resta olhar para o futuro, torcer para que a tormenta passe e que o bom senso prevaleça sobre remédios ultrapassados. Sérgio Approbato Machado Júnior

Presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo (Sescon-SP ).

Pesquisar no site

Contato

CONTPENELA ESTRADA VILA NOVA
ANANINDEUA
(91)3231-1400 / 3245-5131

Contate-nos

 Estamos preparados para atender sua empresa com profissionalismo e qualidade 
Nossos serviços:

Contábil

Fiscal

Pessoal

Comercial

 

Mp 927/2020

 
Clique Para Visualizar
 

PRESS CLIPPING

28/04/2025 08:52

HOJE

‘Mudança no IR é aperitivo, faltou o prato principal’, diz economista Especialista avalia que a tributação das empresas deveria ser reduzida, mas compensada por um aumento do imposto sobre as pessoas...
28/04/2025 08:30

RECURSOS HUMANOS

Comissão aprova projeto que amplia o percentual de brasileiros em contratações de empresas A Câmara dos Deputados continua discutindo o assunto   Comissão aprova criação da política de valorização das trabalhadoras do telemarketing Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada por...
28/04/2025 08:30

ARTIGOS

Origem e desenvolvimento da teoria da contabilidade e sua relevância para o advogado Por Wagner Dantas de Souza   Responsabilidade e tributação do sócio ostensivo pessoa física em SCP Por Daniel Soares...
28/04/2025 08:25

TECNOLOGIA

Encarregado de dados: após fiscalização, empresas cumprem obrigações da LGPD Processo é concluído com êxito e resulta na regularização de obrigações relativas à função. Falta de resposta às comunicações da Autarquia e requerimentos dos titulares ajudaram a identificar falhas
28/04/2025 08:15

JURISPRUDÊNCIA

  STF reafirma que benefícios fiscais de ICMS podem ser reduzidos em favor de Fundo Orçamentário Plenário reiterou validade de lei do Rio de Janeiro sobre a matéria   STF valida partilha sem prova de ITCMD em inventário simplificado Entendimento dos ministros foi...
28/04/2025 08:15

AGRONEGÓCIO

Escalada de recuperações judiciais entre médios produtores preocupa o agro Muitos produtores se endividaram para abrir novas áreas de plantio e comprar equipamentos, mas acabaram surpreendidos pela alta dos juros   Café para todos os bolsos? Alta nos preços se mantém e levanta dúvidas...
28/04/2025 08:15

INTERNACIONAL

Trump quer baixar imposto de renda com dinheiro do tarifaço, mas economistas alertam para riscos Proposta inclui isenção de tributos sobre gorjetas e Previdência Social, além de corte para empresas, enquanto tarifas globais geram temores de recessão e inflação   FMI alerta para riscos...